sábado, 28 de julho de 2012

Cartão de Visita

Vivo num dos mais bonitos países do mundo! Portugal embora seja um pequeno país, ao longo dos seus 92.212 km2, tem deslumbrantes paisagens. De norte a sul, com as suas ilhas atlânticas Açores e Madeira, Portugal apresenta-se ao mundo como um belo jardim à beira mar plantado. Cada estação do ano confere a Portugal matizes de cor singulares. O outono, salpica a paisagem com o colorido dos tons castanho, laranja e vermelho. De inverno o manto branco cobre a serra da Estrela e as zonas mais a norte, nos distritos da Guarda, Bragança e Vila Real, transformando a paisagem num ambiente de sonho. As regiões mais a sul são regadas pela chuva. Na primavera, o clima ameniza e permite um bom desenvolvimento das plantas, dando origem a novas tonalidades. De verão, a luz do sol funde-se com o azul do mar. Portugal tem 1.853 km de frente de mar, belas praias de extensos areais e águas límpidas. O conjunto das paisagens, o património edificado, as vivência das populações, conferem ao país características singulares para todos aqueles  que queiram descobrir Portugal!  

sábado, 21 de julho de 2012

Palavras cruzadas entre Amigos




A propósito do desaparecimento do Professor José Hermano Saraiva, lembrei-me de um amigo meu, com quem tive o privilégio de privar durante o tempo das aulas de uma pós – graduação, em Gerontologia (ciência que estuda os processos de envelhecimento). Ele é uma daquelas pessoas cativantes, que silencia uma planteia só para o poderem escutar. Detentor de uma impressionante sapiência, utiliza no seu discurso palavras simples, entendíveis para todo o género de públicos. Desprendido da vida, possivelmente, porque aos oitenta anos, as pessoas bem resolvidas têm todo o tempo do mundo, para apreciar as coisas belas da mesma. Apenas para contextualizar, este gentil amigo, foi militar de carreira e professor universitário. A vida pregou-lhe algumas peripécias, ao privá-lo, precocemente, de um filho, que faleceu durante um acidente rodoviário. Ficou muito amigo da nora e essa amizade permitiu reviver o seu filho através do neto. A nora voltou a refazer a vida e o meu amigo apoiou-a nessa decisão. Enviei-lhe um email esta manhã… ao qual ele me retorquiu resposta. Compartilho um delicioso momento de pura amizade .
data: 21 de Julho de 2012 11:50
assunto: Bom Dia Amigo!
Olá professor J. Faia :)
Há muito que não sei nada de si e desejo que tudo esteja bem consigo e com a sua família.
Há momentos ou melhor há acontecimentos que nos remetem para lembranças.
Infelizmente, confidencio-lhe, ontem, a propósito da notícia do desaparecimento do prof. José Hermano Saraiva, lembrei-me de si. As notícias falaram dele e da sua obra, contextualizaram o homem no tempo e falaram de Palmela. A memória tem destas coisas, cruza pessoas e palavras, e eis que o amigo Faia saltou-me à memória.
Nunca é tarde para mostrar apreço por uma pessoa e então decidi escrever-lhe.
Um abraço e um bom fim-de-semana!
A.      Mendes
Eis, a resposta:
data:  21 de Julho de 2012 17:48
assunto: Re: Bom Dia Amigo!
Estimada Amiga
Que bom ouvi-la! Sim, ler o que escreve com a sua fotografia ao lado é como se estivéssemos a conversar. Reparo, no entanto, que há muito que não sei de si.
Como deve calcular continuo a fingir que faço muitas coisas e, assim, tenho o tempo ocupado... Neste momento, por exemplo, estou na Beira Baixa  a escrever mais qualquer coisa para aquele Jornal cá do concelho que continuo a dirigir, mas acabei de aparafusar os cabides nas portas das casas de banho da casa onde nasci e que remodelei para o futuro! Como vê sempre em ação.
E os seus como vão? A criançada, devem estar enormes.
Um grande abraço do amigo certo
JFaia

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O passeio a pé mais feliz da minha vida


José Hermano Saraiva nasceu em Leiria, no dia 3 de Outubro de 1919. Na persecução dos seus estudos académicos, licenciou-se em 1941 em História e, seguidamente, em Direito. Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia. Foi Ministro da Educação entre 1968 e 1970. Foi durante o seu exercício ministerial que ocorreram os momentos mais conturbados da oposição ao Salazarismo, com a Crise Académica de 1969. Soube adaptar-se à mudança da História. Na mudança de regime para a Democracia deu continuidade ao seu percurso de pedagogo. Os portugueses ficam-lhe gratos por terem recebido conhecimentos de História através dos seus programas de televisão. Durante anos a fio este brilhante comunicador, permitiu aos portugueses tomar contacto com a História de Portugal. Conseguiu colocar em prática durante os seus programas os excelentes atributos de professor com os quais cativou audiências de todos os estratos sociais. Fiquei particularmente tocada com as palavras proferidas durante uma das suas últimas entrevistas na RTP à jornalista Fátima Campos Ferreira, quando recordava um episódio ocorrido na sua lua-de-mel. No dia do seu casamento, apanhou o comboio e a dado momento da viagem, ele e a sua recém mulher, desceram ambos do comboio junto à serra da Gardunha e começaram a caminhar a pé pelos campos. Nas suas palavras este "foi o passeio mais feliz da sua vida". José Hermano Saraiva, casou-se com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira de quem teve cinco filhos. José Hermano Saraiva, morreu, hoje, 20 de Julho, aos 92 anos, interrompendo, assim, a longa caminhada conjunta. Morreu o homem, ficam os seus ensinamentos. Morreu em Palmela, onde vivia, rodeado pela beleza natural do local e da sua família. Portugal, presta homenagem ao homem e, também, ao Historiador que se confunde com a própria História!

sábado, 14 de julho de 2012

Um rumo para Portugal: Precisa-se!



Esta noite não dormi bem, levei para o meu descanso noturno as inquietudes do dia-a-dia. Aflige-me, bastante, pensar no rumo dos acontecimentos em Portugal. Não estou a gostar nada, das mais recentes noticias, que dão conta de mais austeridade, sobre os portugueses. Inquieta-me não conseguir perspetivar um futuro a curto prazo. Todos os dias tomamos consciência que as condições laborais, cujos direitos demoraram muitos anos a conquistar, estarem a degradarem-se de dia para dia. Arrepia-me que alguns erros do passado, quer sejam sociais, políticos ou económicos estejam a repetir-se. Constrange-me que não haja uma aprendizagem positiva da História. Não sou nada apologista que a História se deva repetir. Aprendi que é no “devir” histórico que ocorre a transformação e a evolução. O ciclo de tendência negativa, em que Portugal se encontra e, que também, estão outros países europeus, como a Espanha, a Grécia, a República da Irlanda, deve ser interrompido. Em cada país não podem os dirigentes políticos ficar impunes face às incompetências das suas politicas, dos caminhos escolhidos e que no curto prazo se revelam um fracasso. Nem posso conceber face ao desvio de dinheiro do erário público ou do enriquecimento ilícito o poder judicial não atue com prontidão! Que presente estão os decisores políticos a decidir para Portugal? Convenhamos que já é tempo de se fazer o balanço das medidas implementadas para combater o défice das contas públicas e saber o seu resultado prático. Temo que o resultado continue a demonstrar um desvio de milhões no Orçamento de Estado, sem haver soluções que não sejam cortar na Educação, na Saúde  ou na Segurança Social. Como podem os governantes, sempre que existe um desvio das contas, criar mais impostos sobre o rendimento do trabalho, quer sejam trabalhadores do setor publico ou privado, quando existem outros tipos de rendimentos que não são considerados para impostos, como o do capital? É altura da população ativa trabalhadora tomar consciência, que além da precaridade laboral, com a qual é obrigada a lidar diariamente, existe uma classe, a dos poderosos, que consegue ficar à margem das dificuldades. O que também, é sabido, é que as fortes medidas de tributação, ao contrário daquilo que se pretende, contribuem para aumentar a taxa da economia subterrânea ou seja “convidam” empresas ou pessoas coletivas a não pagar os impostos que são devidos a cada atividade económica. Não podem apenas os que auferem rendimentos do trabalho continuar a suportar os desvios orçamentais. Um tipo de política sem um pensamento económico e social bem estruturado a médio prazo, não traz qualquer benefício a Portugal nem reabilita nenhum tipo de economia. Defendo que devem ser os mais capacitados intelectualmente e com características pessoais exemplares, como a integridade, honestidade, que devem estar à frente do rumo de Portugal e devem auferir vencimentos condignos com a responsabilidade da função. Infelizmente, ao longo dos anos, nem sempre a Causa Pública esteve bem representada… A História já mostrou por diversas vezes, quando o rumo dos acontecimentos tende a descontrolar-se, a Ditadura, é o passo seguinte… e, os portugueses, dispensam bem esse tipo de regime…

sábado, 7 de julho de 2012

Portugal com futuro adiado



Portugal é um país em crise. Os portugueses, ontem, 06/07/2012, ficaram a saber que uma das medidas adotadas pelo governo para equilibrar o Orçamento de Estado, deste ano, afinal, era inconstitucional. O Tribunal Constitucional, cuja principal função é zelar pela correta interpretação e aplicação da Constituição, decidiu por maioria pela inconstitucionalidade do diploma que previa o corte dos subsídios de férias e Natal aos funcionários públicos, pensionistas e reformados por violar o princípio da igualdade. O governo português na tentativa de diminuir o défice, comprometeu-se com a Troika [formada por três elementos, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI)] a incrementar reformas que lesam em muito os interesses dos portugueses. A “receita” da Troika para salvar Portugal da bancarrota está a revelar-se um fracasso. O governo às derrapagens do programa de ajustamento económico responde com mais austeridade sobre os portugueses. A austeridade que em teoria visa a combinação de politicas que pretendem diminuir o peso do Estado na economia e promover o crescimento económico, não está na prática a resultar em Portugal! O desemprego em Portugal atingiu níveis recordes! Segundo relatório do INE  (Instituto Nacional de Estatistica) emitido ontem, a taxa oficial de desemprego atinge os 14,9%. Estão 819,3 mil trabalhadores no desemprego, mais 130,4 mil pessoas do que no período homólogo de 2011. Todos os dias são atirados para o desemprego pessoas que até a bem pouco tempo faziam parte de uma classe média que conseguia viver do salário mensal. À falta de crescimento económico, ao desemprego, vem, agora, juntar-se a decisão do Tribunal Constitucional que abre um enorme buraco no Orçamento de Estado para 2012 e anos seguintes. Na comunicação social fala-se da criação de um novo imposto para todos os portugueses e que vai permitir ao governo substituir as verbas que terá que devolver aos funcionários e pensionistas públicos, de forma a cumprir com os acordos de resgaste firmados. Portugal vem desde há muito a adiar as reformas económicas e sociais que permitam aos portugueses viver com dignidade. A nossa História está repleta de exemplos de “futuros prósperos adiados”. A questão que se coloca é saber até quando os portugueses vão suportar estas medidas  passivamente.

domingo, 1 de julho de 2012

Esta noite


Desejo que  esta noite seja inesquecível. Desejo que possamos viver como se o amanhã não existisse. Esta noite irei  resolver  coisas sobre as quais  há muito adiei a solução.  Há demasiado tempo, que aguardo o momento, para colocar um ponto final nas minhas indecisões. Esta noite quero que as palavras sejam substituídas por abraços. Esta noite vamos chamar as estrelas e deixar que brilho dos olhos fale por nós. Passam anos, uns atrás dos outros, sem coragem para dar um passo em frente e perspetivar uma nova história. Amor fecha os olhos e não queiras saber do passar das horas. Esta noite és só tu e a  memória de algo que não vou esquecer…