sábado, 16 de abril de 2011

Seguir em Frente

Apeteceu-me gritar perante a
impossibilidade de mudar o rumo dos acontecimentos. Parei o automóvel e olhei o horizonte na esperança de encontrar uma saída, uma solução, para os problemas. Senti a alma como que encurralada sem saber qual o melhor rumo a seguir, sem conseguir deslumbrar a porta de saída, de modo a colocar um ponto final no desconforto interior.

Doeu pensar como as pessoas preferem os facilitismos no lugar de lutarem pelas coisas tangíveis...eu não mascaro com desculpas as escolhas feitas, apenas lamento, o desapego, a falta de sensibilidade de alguns perante a vida dos outros... e, no limite, até admito que muitas dessas acções sejam realizadas com algum grau de ingenuidade na esperança que o milagre aconteça, mas, também, sem o necessário esforço de introspecção que faz parte da intervenção individual.

Desta vez, como, possivelmente, outras tantas vezes, vejo-me partir cedo, com um certo gosto amargo de energias em vão dispendidas... podia continuar a lutar?!

Certamente,  que sim, mas, não vou ficar, porque certas premissas não podiam ser quebradas...mais, que um contrato, celebrou-se uma envolvência, e há momentos, em que não adianta remar contra a maré...as boas ou as más escolhas pertencem a cada um, logo, as consequências dos actos,  é o saldo que resta no final...

No Final ficará sempre uma história por contar, porque esta é constituída por vários capítulos e é a acção dos personagens que dita o rumo dos acontecimentos...

Sem espantos, a inevitabilidade acontece...a relatividade do tempo é cruel porque a velocidade pode ser estonteante e a maior parte das vezes não estamos preparados para realizar a viagem...as intermitências, essas acompanhar-nos-ão pela vida fora.. como noutras vezes, guardarei a parte boa dos acontecimentos...sem mágoa...lembrando um tempo que não sei se foi ou não perdido, essa avaliação deixo para Outros, para a sabedoria de Outros, que não questiono...eu, por agora, só quero seguir em frente!

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