Um
dos meus livros favoritos quando era criança, intitulava-se “As Três Laranjas
de Oiro”, de Charles Deulin, da editora Verbo Infantil. Num tempo, onde a televisão pública em Portugal, iniciava a programação
a partir das 18H, onde a palavra internet, não fazia parte dos vocábulos da
língua portuguesa, os livros, eram a companhia de muitas crianças e jovens. Li,
vezes sem conta, a história, de um príncipe de um reino longínquo que partiu à aventura, em busca da sua amada. Seguindo um sonho que tivera numa noite, onde passeando
num bosque com muitas laranjeiras, chegou junto de uma árvore e colheu uma
laranja. Dentro da laranja saiu uma princesa que o encantou pela beleza. De tão
deslumbrado que estava com o sonho, comunicou logo pela manhã ao seu pai, o rei,
que partiria nesse mesmo dia, à procura daquela mulher, com quem queria casar.
Antes que o pai, parasse de rir, com a história que acabava de ouvir, já o príncipe
montado no seu cavalo branco, galopou a bom ritmo, para longe das terras do seu
pai. São muitas as peripécias e os obstáculos que o príncipe encontra pelo
caminho, na procura pela amada. Mas, no final, todo o esforço, toda a esperança é recompensada,
os dois enamorados, vencem as dificuldades e ficam juntos e felizes para
sempre. E, desde a união dos príncipes todo o reino, se encheu de abundância e de
prosperidade. Desconheço, até que ponto, a história que acabo de resumir, me
influenciou pela vida, na procura de um amor. Na certeza, que li muitas, outras
histórias de amor que pelos ingredientes e detalhes, causaram um verdadeiro deleite, a alguém, como eu, que é apaixonada por romances, com finais felizes. Penso
que todos nós, procuramos encontrar durante a nossa existência a outra nossa “metade”. Alguém com quem possamos compartilhar, os bons e, principalmente, os maus momentos.
Acho que o ingrediente “secreto” de todas as ligações duradouras se deve ao ato
de compromisso entre as pessoas. O amor entre as pessoas está consubstanciado no
grau de confiança depositado e, que é, determinado, pela previsibilidade de
conhecer o comportamento do outro. O amor, tal, como a amizade, são relações
afetivas, que têm como sentimentos preciosos, a lealdade, a compreensão, o carinho,
a proteção. Os sentimentos de amizade ou amor não acontecem entre pessoas exatamente iguais,
com os mesmos tipos de gostos ou vontades. Considero mesmo a amizade, como sendo um
tipo de amor único. Ter sentimentos de amizade, mesmo, nas relações matrimoniais, é condição primordial, por acrescentar valor à relação, através da partilha
de ideias, das informações sobre os momentos da vida. Quando se tem um amigo nunca se está sozinho!
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