sábado, 17 de novembro de 2012

Amizade, é...


Um dos meus livros favoritos quando era criança, intitulava-se “As Três Laranjas de Oiro”, de Charles Deulin, da editora Verbo Infantil. Num tempo, onde a televisão pública em Portugal, iniciava a programação a partir das 18H, onde a palavra internet, não fazia parte dos vocábulos da língua portuguesa, os livros, eram a companhia de muitas crianças e jovens. Li, vezes sem conta, a história, de um príncipe de um reino longínquo que partiu à aventura, em busca da sua amada. Seguindo um sonho que tivera numa noite, onde passeando num bosque com muitas laranjeiras, chegou junto de uma árvore e colheu uma laranja. Dentro da laranja saiu uma princesa que o encantou pela beleza. De tão deslumbrado que estava com o sonho, comunicou logo pela manhã ao seu pai, o rei, que partiria nesse mesmo dia, à procura daquela mulher, com quem queria casar. Antes que o pai, parasse de rir, com a história que acabava de ouvir, já o príncipe montado no seu cavalo branco, galopou a bom ritmo, para longe das terras do seu pai. São muitas as peripécias e os obstáculos que o príncipe encontra pelo caminho, na procura pela amada. Mas, no final, todo o esforço, toda a esperança é recompensada, os dois enamorados, vencem as dificuldades e ficam juntos e felizes para sempre. E, desde a união dos príncipes todo o reino, se encheu de abundância e de prosperidade. Desconheço, até que ponto, a história que acabo de resumir, me influenciou pela vida, na procura de um amor. Na certeza, que li muitas, outras histórias de amor que pelos ingredientes e detalhes, causaram um verdadeiro deleite, a alguém, como eu, que é apaixonada por romances, com finais felizes. Penso que todos nós, procuramos encontrar durante a nossa existência a outra nossa “metade”. Alguém com quem possamos compartilhar, os bons e, principalmente, os maus momentos. Acho que o ingrediente “secreto” de todas as ligações duradouras se deve ao ato de compromisso entre as pessoas. O amor entre as pessoas está consubstanciado no grau de confiança depositado e, que é, determinado, pela previsibilidade de conhecer o comportamento do outro. O amor, tal,  como a amizade, são relações afetivas, que têm como sentimentos preciosos, a lealdade, a compreensão, o carinho, a proteção. Os sentimentos de amizade ou amor não acontecem entre pessoas exatamente iguais, com os mesmos tipos de gostos ou vontades. Considero mesmo a amizade, como sendo um tipo de amor único. Ter sentimentos de amizade, mesmo, nas relações matrimoniais, é condição primordial, por acrescentar valor à relação, através da partilha de ideias, das informações sobre os momentos da vida. Quando se tem um amigo nunca se está sozinho!

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