Os
dias custam a passar. Em cima da mesa da sala, as peças de um grande puzzle
desfeito, ainda não ganharam forma. Sento-me confortável numa cadeira e chego à
conclusão que a dificuldade do meu puzzle está determinada tanto pela imagem
como pelo número de peças ao meu dispor. Penso na vida. A música ecoa pela
sala, mantendo-me conectada com os meus propósitos. Murmuro para mim que ainda
tenho umas quantas contas a ajustar, ao mesmo tempo que encaixo com mestria as
peças umas nas outras. A vida assemelha-se a um grande puzzle, quanto maior os interesses e desafios, mais tempo se
leva a
atingir o objetivo. Não me arrependo das minhas atitudes, porque procuro a sensatez
antes de uma tomada de decisão, no entanto, admito que tenho alguns pedidos de
desculpa a dar e, outros tantos a receber. Mas, essencialmente, só me preocupam
aqueles pedidos que tenho que fazer, assuntos alheios não me dizem respeito. Todos
os dias dou passos em frente para que a minha consciência se liberte das insignificâncias
da vida. Como habitualmente encontrarei o tempo e o lugar para clarificar
pensamentos. Se os minutos não demorassem tanto a passar, possivelmente, hoje seria
o dia para arrumar uns quantos assuntos... Mas, não tendo chegado o tempo certo,
continuarei, aguardar, com atenção, a sequência e formato das peças do puzzle da
vida que se repetem.
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