sábado, 14 de julho de 2012

Um rumo para Portugal: Precisa-se!



Esta noite não dormi bem, levei para o meu descanso noturno as inquietudes do dia-a-dia. Aflige-me, bastante, pensar no rumo dos acontecimentos em Portugal. Não estou a gostar nada, das mais recentes noticias, que dão conta de mais austeridade, sobre os portugueses. Inquieta-me não conseguir perspetivar um futuro a curto prazo. Todos os dias tomamos consciência que as condições laborais, cujos direitos demoraram muitos anos a conquistar, estarem a degradarem-se de dia para dia. Arrepia-me que alguns erros do passado, quer sejam sociais, políticos ou económicos estejam a repetir-se. Constrange-me que não haja uma aprendizagem positiva da História. Não sou nada apologista que a História se deva repetir. Aprendi que é no “devir” histórico que ocorre a transformação e a evolução. O ciclo de tendência negativa, em que Portugal se encontra e, que também, estão outros países europeus, como a Espanha, a Grécia, a República da Irlanda, deve ser interrompido. Em cada país não podem os dirigentes políticos ficar impunes face às incompetências das suas politicas, dos caminhos escolhidos e que no curto prazo se revelam um fracasso. Nem posso conceber face ao desvio de dinheiro do erário público ou do enriquecimento ilícito o poder judicial não atue com prontidão! Que presente estão os decisores políticos a decidir para Portugal? Convenhamos que já é tempo de se fazer o balanço das medidas implementadas para combater o défice das contas públicas e saber o seu resultado prático. Temo que o resultado continue a demonstrar um desvio de milhões no Orçamento de Estado, sem haver soluções que não sejam cortar na Educação, na Saúde  ou na Segurança Social. Como podem os governantes, sempre que existe um desvio das contas, criar mais impostos sobre o rendimento do trabalho, quer sejam trabalhadores do setor publico ou privado, quando existem outros tipos de rendimentos que não são considerados para impostos, como o do capital? É altura da população ativa trabalhadora tomar consciência, que além da precaridade laboral, com a qual é obrigada a lidar diariamente, existe uma classe, a dos poderosos, que consegue ficar à margem das dificuldades. O que também, é sabido, é que as fortes medidas de tributação, ao contrário daquilo que se pretende, contribuem para aumentar a taxa da economia subterrânea ou seja “convidam” empresas ou pessoas coletivas a não pagar os impostos que são devidos a cada atividade económica. Não podem apenas os que auferem rendimentos do trabalho continuar a suportar os desvios orçamentais. Um tipo de política sem um pensamento económico e social bem estruturado a médio prazo, não traz qualquer benefício a Portugal nem reabilita nenhum tipo de economia. Defendo que devem ser os mais capacitados intelectualmente e com características pessoais exemplares, como a integridade, honestidade, que devem estar à frente do rumo de Portugal e devem auferir vencimentos condignos com a responsabilidade da função. Infelizmente, ao longo dos anos, nem sempre a Causa Pública esteve bem representada… A História já mostrou por diversas vezes, quando o rumo dos acontecimentos tende a descontrolar-se, a Ditadura, é o passo seguinte… e, os portugueses, dispensam bem esse tipo de regime…

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