quinta-feira, 11 de abril de 2013

Eu, na primeira pessoa


Relativamente ao meu último texto “Pedaços de mim”, recebi algumas mensagens em privado, de pessoas que me conhecem, demonstrando alguma preocupação com os meus possíveis problemas… No início tentei desvalorizar os comentários, ironizando sobre o assunto para desdramatizar as iminentes preocupações pessoais. Aproveitei a ocasião para explicar a quem me contactou que todos os textos que escrevo, terão com certeza, uns mais do que outros, palavras, frases ou acontecimentos intrinsecamente ligados à minha pessoa. Não imagino sequer escrever de outra forma. No entanto, algumas temáticas abordadas ou histórias contadas não têm qualquer relação direta comigo. Sou por natureza uma contadora de histórias e como escrevi no início do blogue, sou influenciada para escrever por tudo o que me rodeia direta ou indiretamente. As minhas inspirações são muito variadas, sendo, a música, pelo ritmo, pela melodia ou pelas letras das canções a minha maior “musa inspiradora”. Espero com a explicação atrás não desapontar ninguém que sendo seguidor/a das minhas “escritas” considerava ser suficiente ler os meus textos para compartilhar comigo o folhetim da minha vida privada. Mantenho como regra de independência, a reserva pessoal, como, também, mantenho em anonimato muitas pessoas nas quais me inspirei para escrever. Agora que reflito sobre o assunto, aproveito a ocasião para informar que os grandes clássicos da literatura portuguesa, estão na origem do meu grande amor pelas palavras. Nem me atrevo a comparar o que escrevo com a genialidade de alguns escritores que tanto admiro. Principalmente, os escritores que publicaram ou deram a conhecer as suas obras durante o século XIX. Considero inclusivamente, o século XIX um século de grande criatividade em várias áreas artísticas. Historicamente, em Portugal, nesse período, viveram-se períodos conturbadíssimos ao nível económico, politico e social. Neste século ocorreram as grandes revoluções que mudaram ou influenciaram os desígnios desta grande nação. Ao nível do pensamento e porque os homens são fruto do seu tempo existem obras de literatura de uma riqueza linguística e intelectual impressionante! Nomes de escritores que tanto admiro, Eça de Queirós, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Cesário Verde, Camilo Castelo Branco, Bocage, entre outros. Este último, o grande poeta Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de Setembro de 1765 – 21 de Dezembro de 1805), não  sendo um dos meus autores de eleição durante o meu tempo de estudante, porque no  universo  bocagiano  ele recorre  a temas ou palavras que na altura não condiziam com a minha visão do mundo onde o predomínio temático incide sobre  a morte, noite, visões lúgubres  o “locus horrendus”, preferindo eu, o “locus amoenus (expressão latina que significa "lugar ameno"). No entanto e, por incrível que possa parecer, quando analiso o que escrevo, passado algum tempo da publicação, quase sempre na tentativa de melhorar as minhas próprias palavras, verifiquei mais do que uma vez que as minhas influências, embora sejam vastíssimas, os meus textos têm resquícios deste grande autor. Tal, como ele, se me permitem a imodéstia, pela comparação, também, eu própria, sou fruto do meu tempo. Haverá outros, mais avalizados do que eu, que um dia poderão analisar as minhas palavras e considerarão se as mesmas serão merecedoras de algum destaque... Tal, como no início, reafirmei, a escrita, é algo que me é intrínseco e me confere o enorme prazer de poder viajar, sonhar, vestir o papel de várias personagens, sem sair da minha secretária. Aproveito para dizer a todos os que me dedicam algum tempo das suas vidas lendo os meus textos, acompanhando-me, muitas, vezes, na prazerosa viagem pelas palavras que façam comentários, enviem as vossas propostas de temas, as vossas ideias. Da minha parte agradeço muito a atenção que me dispensam. Bem Hajam!

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