Retive
a palavra Zig através de um filme. O Zig exemplifica o preciso momento em que a
contagem do tempo deixa de existir para duas pessoas. Através de um simples
olhar duas almas ficam a saber que a partir daquele instante ficarão ligadas
para todo o sempre. Dizem que o Zig só acontece uma vez na vida como expoente
máximo do amor. Todos anseiam por esse instante e, no entanto, apenas alguns
parecem alcançar. Entendi da mensagem que o Zig é uma espécie de meta sem prazo
para concretizar. Felizes aqueles que alcançam o ZIG – pensei. Procurei investigar no meu interior se algum
dia teria encontrado a outra metade de mim? A tentativa de fazer por si só
deu-me a resposta. Ou melhor, abriu-me pistas para mais interrogações. Claro
que já vivi um grande amor. Quem nunca viveu um grande amor não pode por falta
de conhecimento saber o que significa o silêncio de um olhar e, tão pouco
interpretar o desgosto da desilusão. Só quem amou sabe o que significa um
arrepio na pele por pensar em alguém que nos é especial. Noites sem dormir,
sonhos por viver e as saudades de quem partiu podem fazer chorar um coração.
Não sei se há idades ou melhor etapas do crescimento humano que favoreçam o
sentimento do amor. Entendo que todas as idades são ideais para amar. Houve
alguém que um dia perguntou «E, o que fazer à carapaça que vamos construindo
para nos proteger das desilusões amorosas?» - respondi: «creio que quando o
amor verdadeiro chegar, não haverá avisos e, seremos atingidos pela tal seta do
cupido e não existirá nada que nos possa proteger.» Pessoalmente gosto de
acreditar nos amores eternos. Daquele tipo de amor que vence os todos os
obstáculos para se encontrar. Penso em duas estrelas que explodem e se
fragmentam cuja luz emanada é uma espécie de farol para informar o local onde
se encontram. Quanto maior a luminosidade maior o desejo de acreditarem que «um
dia» se possam de novo unificar.
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