sábado, 23 de novembro de 2013

ZIG


Retive a palavra Zig através de um filme. O Zig exemplifica o preciso momento em que a contagem do tempo deixa de existir para duas pessoas. Através de um simples olhar duas almas ficam a saber que a partir daquele instante ficarão ligadas para todo o sempre. Dizem que o Zig só acontece uma vez na vida como expoente máximo do amor. Todos anseiam por esse instante e, no entanto, apenas alguns parecem alcançar. Entendi da mensagem que o Zig é uma espécie de meta sem prazo para concretizar. Felizes aqueles que alcançam o ZIG – pensei.  Procurei investigar no meu interior se algum dia teria encontrado a outra metade de mim? A tentativa de fazer por si só deu-me a resposta. Ou melhor, abriu-me pistas para mais interrogações. Claro que já vivi um grande amor. Quem nunca viveu um grande amor não pode por falta de conhecimento saber o que significa o silêncio de um olhar e, tão pouco interpretar o desgosto da desilusão. Só quem amou sabe o que significa um arrepio na pele por pensar em alguém que nos é especial. Noites sem dormir, sonhos por viver e as saudades de quem partiu podem fazer chorar um coração. Não sei se há idades ou melhor etapas do crescimento humano que favoreçam o sentimento do amor. Entendo que todas as idades são ideais para amar. Houve alguém que um dia perguntou «E, o que fazer à carapaça que vamos construindo para nos proteger das desilusões amorosas?» - respondi: «creio que quando o amor verdadeiro chegar, não haverá avisos e, seremos atingidos pela tal seta do cupido e não existirá nada que nos possa proteger.» Pessoalmente gosto de acreditar nos amores eternos. Daquele tipo de amor que vence os todos os obstáculos para se encontrar. Penso em duas estrelas que explodem e se fragmentam cuja luz emanada é uma espécie de farol para informar o local onde se encontram. Quanto maior a luminosidade maior o desejo de acreditarem que «um dia» se possam de novo unificar.

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