sábado, 23 de fevereiro de 2013

Em memória de um anjo

Em outubro de 2012, uma colega de trabalho escapou ilesa a um grave acidente de viação. Daquelas coisas que nos deixam a pensar que existe um anjo no Céu a proteger-nos. Nos meses seguintes, em algumas ocasiões, recordei o acontecimento. Não tenho dúvidas que a vida dela foi poupada porque a sua missão a Terra não está completa. Ontem, esta mesma colega, ao final da noite telefonou-me em pranto, para  informar que um familiar, com apenas 10 anos tinha falecido. O menino com 10 anos não resistiu ao vírus que lhe causou de forma repentina e generalizada uma infeção no organismo. Fico sempre sem saber o que dizer nestas ocasiões. Gostava  de  conhecer  as palavras certas  para  poder diminuir a dor. Estes acontecimentos, principalmente, quando envolvem crianças, são sempre muito dolorosos. Na minha insignificância não encontro explicações plausíveis para partidas em idades tão precoces. Considero que não é natural um filho partir antes dos seus progenitores. A dor daquela mãe face à morte do seu filho é com certeza dilacerante. Considero quando alguém que nos é  querido  morre  leva consigo uma parte de nós. Para quem fica,  na realidade, uma parte, também, sucumbe. Ontem, um filho foi arrancado àquela mãe e, aos restantes familiares sem que  estes consigam encontrar uma razão para a perda. A dor que  trespassa a alma e atinge o coração  irá acompanha-los  para o resto das vidas. A chamada aos Céus em idade precoce está envolta num mistério que apenas Deus conhece. Quero acreditar que Deus chama até Si as crianças para as transformar em anjos. Desejo que a partir  da  nova  casa no Céu, este e outros meninos, ajudem a acalmar a dor no peito,  dos  pais e familiares  que  sofrem em  silêncio as  suas  ausências.

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