sábado, 2 de fevereiro de 2013

Um diálogo improvável


Desde algum tempo que me deixei de preocupar com o tema que vou utilizar para escrever textos. A experiência diz-me que vai haver uma noticia, uma palavra, uma imagem ou uma determinada pessoa ou situação que me inspirará. A comprovar o que atrás referi, ontem, sem que eu tivesse tempo para refletir, dei por mim a conversar com alguém, que embora conheça há largos anos, seria improvável dizer palavras que não fossem as de circunstância. Foi mesmo uma daquelas conversas que jamais podia antever que  sucedesse. Ao longo dos muitos anos que  nos conhecemos tivemos mais opiniões a  dividir do que a unir. Algumas, vezes, terei,  pensado, que  eu e  ela teríamos de nascer de novo para  desenvolver algum tipo de afinidade…Mas, ontem, como se uma força exterior me tivesse incumbido de determinada missão, dei comigo a soltar a língua, dando a conhecer as minhas ideias, tentando desfazer e acalmar alguns receios daquela pessoa. Foi um diálogo realizado em tom intimista, num clima tranquilo. No final da longa troca de palavras, ambas concordamos que conversa tinha sido inesperada e ao mesmo tempo agradável. Para as memórias futuras ficarão gravadas, aquela sexta-feira onde a comunhão e o respeito mútuo, permitiu um diálogo (muito) improvável, entre duas pessoas com diferentes pontos de vista. Dificilmente, tal oportunidade se voltará no tempo a repetir...

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