Desde
algum tempo que me deixei de preocupar com o tema que vou utilizar para escrever
textos. A experiência diz-me que vai haver uma noticia, uma palavra, uma imagem
ou uma determinada pessoa ou situação que me inspirará. A comprovar o que
atrás referi, ontem, sem que eu tivesse tempo para refletir, dei por mim a
conversar com alguém, que embora conheça há largos anos, seria improvável dizer
palavras que não fossem as de circunstância. Foi mesmo uma daquelas conversas que
jamais podia antever que sucedesse. Ao longo
dos muitos anos que nos conhecemos tivemos mais opiniões a dividir do
que a unir. Algumas, vezes, terei, pensado, que eu e ela teríamos de nascer de novo para desenvolver
algum tipo de afinidade…Mas, ontem, como se uma força exterior me tivesse incumbido de
determinada missão, dei comigo a soltar a língua, dando a conhecer as minhas
ideias, tentando desfazer e acalmar alguns receios daquela pessoa. Foi um diálogo
realizado em tom intimista, num clima tranquilo. No final da longa troca de
palavras, ambas concordamos que conversa tinha sido inesperada e ao mesmo tempo agradável. Para as memórias futuras
ficarão gravadas, aquela sexta-feira onde a comunhão e o respeito mútuo,
permitiu um diálogo (muito) improvável, entre duas pessoas com diferentes pontos de vista. Dificilmente, tal oportunidade se voltará no tempo a repetir...
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