sábado, 15 de junho de 2013

Mais Além


Ninguém foge ao destino. Tenho por convicção, como tantas vezes defendo, o destino como uma estrada na vida com múltiplos caminhos. São várias encruzilhadas há que saber escolher uma. Incessantemente, procuro o destino da felicidade que me foi traçado logo no berço. Quando inicio um texto, deixo-me guiar pelas palavras, são elas que me conduzem desde o início da história até ao fim e não o contrário. Acharia estranho se todas as semanas não escrevesse sobre alguma coisa ou coisa alguma. Habituei-me a este prazer semanal e admito que dele sou dependente. Ontem, à noite, embora me sentisse cansada depois de uma semana de trabalho, tentei  iniciar este mesmo texto. No entanto não consegui articular as palavras.  Tentei em vão escrever várias frases de modo a produzir uma história falada como eu tanto gosto de fazer. Considero que deve existir um dialogo permanente entre quem escreve e quem lê. Não lamentei não ter conseguido produzir um texto.  O meu espírito tinha que estar liberto para permitir fluir o nascimento das ideias cujo o corpo são as palavras. Por vezes pergunto-me se outras pessoas conseguirão fazer o mesmo exercício mental deixarem-se levar pela viagem das palavras, sem um destino à partida predefinido. Imaginem  o seguinte cenário bem ao final da manhã,  sento-me ao computador em frente de um teclado e abro uma folha em branco do “word”, coloco os dedos em cima do teclado e deixo-me  ir  sem rede, sem que previamente  tivesse conduzido o meu pensamento para um qualquer assunto. Simplesmente é fantástica a sensação de  dar comigo a sorrir para os dedos que um a um vão combinado entre si as letras e formando as palavras. Eu apenas pareço uma mera espectadora. Coloco uns auscultadores nos ouvidos  escuto uma deliciosa melodia ao mesmo tempo que admiro a dança dos dedos em cima do teclado, é magnifico o espetáculo.  Hoje estou perante um dia feliz, dormi bem tendo a noite ativado a minha memória, fortalecendo assim, o meu sistema imunológico. Gosto de pensar nas funções integradas do nosso corpo como uma espécie de casa que dá abrigo ao nosso espirito durante a nossa existência neste planeta. Hoje não assisti como habitualmente às noticias televisivas que estão na ordem do dia. Ontem como em muitos dias acontece não gostei de saber das tristezas que proliferam no mundo e no meu país. Contudo hoje decidi não comentar as tragédias do mundo que tanto me afligem e das quais me sinto impotente para as resolver. Sou alérgica por natureza a todos os tipos de sofrimento. Hoje condiciono a  minha atenção numa noticia extraplanetária.  “O planeta Kepler 22b, detectado pela primeira vez em 2009 e situado a cerca de 600 anos-luz da Terra, é o primeiro planeta confirmado pela Nasa como estando numa zona orbital habitável fora do Sistema Solar ou seja, com condições adequadas à vida em termos de disponibilidade de água, temperatura e atmosfera.”(1). Desde que me conheço  sempre achei que não podíamos estar sós no Universo!  Afinal somos o resultado da fusão dos átomos de muitas estrelas. Também gosto de pensar quando as nossas missões estiverem terminadas na Terra viajaremos até à nossa casa Mãe. Este tipo de pensamento é de tal maneira intenso que não me permite navegar por mares do conhecimento para os quais que não tenho instrumentos mentais suficientes que me possam auxiliar na grandiosa epopeia. Não me refiro à capacidade de pensar. A inteligência de um individuo é o resultado da articulação de muitos saberes e de muita informação. Comungo com aqueles que declaram que a inteligência é essencialmente um produto das sociedades, do meio onde vivemos e por fim tem também uma componente genética. A inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planear, resolver problemas, abstrair ideias, compreender ideias e linguagens. E, DEUS, onde fica, perante esta imensidão de coisas? DEUS está comigo, está com todos, gosto de pensar que Ele me ajudou a produzir este texto.
(1)     REVISTA VISÃO/SAPO, PORTUGAL

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